O Vasco perdeu o terceiro jogo seguido pelo Brasileiro e vê a crise ganhar novas proporções. Com a goleada para o Criciúma por 4 a 0, em São Januário, os torcedores não pouparam mais ninguém.

Os protestos começaram com xingamentos de "sem vergonha" contra a equipe, que já estava sendo vaiada desde o intervalo, quando saiu perdendo por 1 a 0 e Vegetti havia perdido pênalti.

Na etapa final, o Vasco levou mais dois gols, o que fez a torcida se inflamar também contra a SAF controlada pela 777, xingar o técnico Ramon Díaz e o CEO do clube, Lúcio Barbosa.

Depois do quarto gol, os vascaínos na arquibancada e social aplaudiram o time do Criciúma, e voltaram a vaiar a equipe, o treinador e a diretoria.

Logo em seguida, boa parte da torcida deixou o estádio, antes dos 30 minutos da etapa final. Com o resultado, o Vasco segue na parte de baixo da tabela, próximo à zona de rebaixamento.

Na próxima rodada, a equipe carioca vai a Curitiba encarar o Athletico-PR.

Motivos para revolta

A revolta se deu em meio a uma atuação apática em casa. Fora um ímpeto inicial, em que houve algumas oportunidades criadas e desperdiçadas, o Criciúma passou a mandar no jogo cedo.

Mas o comportamento dos atletas do Vasco também passam pelas opções de Ramón Díaz. Com Medel de volta, o treinador manteve o caro João Victor no banco.

Com Payet de volta em meio à recuperação de uma lesão, o francês não rendeu. E o meio-campo ficou sobrecarregado, já que no ataque só David corria e Vegetti esperava os cruzamentos.

Foi outro francês, Yannick Bolasie, que ditou o ritmo de jogo. O atacante do Criciúma brilhou com duas assistências, um gol, e dribles irreverentes.

Felipe Matheus fez os dois primeiros gols e foi outro que se destacou pelo Criciúma, que completou com Éder Miritão.

Mesmo com alterações de Ramón Díaz, o Vasco não conseguiu reagir. Saíram Payet, Hugo Moura e Sforza. Entraram Galdames, Adson e Matheus Carvalho. Um time mais veloz, mas desorganizado.