China alerta à identificação de novo vírus em humanos

O agente patogênico já infectou 35 pessoas e foi relacionado a indivíduos que mantêm contato frequente com animais

Por EmPauta.net 09/08/2022 - 20:05 hs
Foto: Reprodução

Cientistas chineses identificaram a existência de um novo vírus no país, o Langya henipavírus (LayV). A descoberta foi publicada na revista científica The New England Journal of Medicine, segundo o "Metrópoles". O agente patogênico já infectou 35 pessoas e foi relacionado a indivíduos que mantêm contato frequente com animais. 

É a primeira vez que o vírus é identificado em humanos. O vírus é da família Henipavirus, que inclui outras duas espécies já identificadas, os vírus Hendra e Nipah. No geral, esses vírus possuem taxa de letalidade entre 40% e 75%.

Nenhum dos infectados pelo Langya morreu ou teve caso grave, de acordo com os pesquisadores. Foram apresentados sintomas comuns de gripe, como tosse, febre, vômito, tosse, perda de apetite, náuseas, dores musculares, dor de cabeça e fadiga. Ainda não há tratamento conhecido. 

Henipavírus vem de mamífero de pequeno porte.

Os cientistas chineses acreditam que o Langya henipavirus seja transmitido pelo contato com musaranhos, um mamífero de porte pequeno que se alimenta de insetos. Cerca de 25 animais estão sendo estudados para verificar se são portadores do vírus.

Os pesquisadores que estudam o henipavírus também relatam que talvez já exista contato entre humanos, como foi o do covid-19, por existir um grupo de pacientes infectados, que apresentaram sintomas comuns de gripe, como febre, fadiga, tosse, náuseas, perda de apetite, dores musculares, dor de cabeça e vômito. 

O inquérito sorológico realizado em animais domésticos e publicado no estudo apontou que 2% das cabras e 5% dos cães testados deram positivo para a infecção do vírus.

“O rastreamento de contatos próximos de nove pacientes com 15 familiares não revelou transmissão do Langya. Mas nossa amostra era muito pequena para determinar se há transmissão do vírus entre humanos”, escrevem os especialistas no artigo, segundo o "Metrópoles".

Fonte: Bpmoney