Os contribuintes de Salvador tiveram uma surpresa amarga no início do ano. A taxa de lixo do exercício de 2022 aumentou 50% em relação ao ano anterior, cinco vezes mais do que a inflação de 2021, medido pelo índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fixado em 10,74% e utilizado como base para reajustes de impostos e taxas em todo o Brasil.
Questionado sobre o assunto nesta sexta-feira (7), o prefeito Bruno Reis (DEM/UB) justificou que o salto no reajuste cumpre determinação de uma lei federal e que, ainda assim, o valor arrecadado não é suficiente para sustentar o serviço.
“Hoje a taxa de lixo só cobre a despesa de três meses, os outros nove meses são bancadas com recurso nosso. Há uma determinação federal pra ir corrigindo essa desproporção. Inclusive, esse reajuste só vai representar a cobertura de mais um mês e meio. Então quatro meses e meio serão cobertos pela taxa, e sete meses e meio pela prefeitura”, alegou o prefeito durante coletiva.
Além disso, o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) da capital baiana também foi reajustado, seguindo a inflação oficial de 10,74%. Para Bruno, o aumento do imposto, apesar de oneroso para a população, serve para ajudar a fechar as contas do município.
“Todos os insumos que a prefeitura adquire são com base na inflação. Então, na prática, isso não vai representar a sobra de um real a mais sua prefeitura. É somente para poder honrar com os seus compromissos”, pontuou.
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Roni Figueiredo - Coluna Social