Escrivã encontrada morta havia denunciado assédios e pressão psicológica na Polícia Civil
O Sindep informou ainda que recebeu outras denúncias
O Sindep informou ainda que recebeu outras denúncias
A escrivã da Polícia Civil de Minas Gerais Rafaela Drummond, encontrada morta na cidade de Antônio Carlos, no último fim de semana, havia protocolado várias denúncias de assédio moral e sexual, além de uma grande pressão psicológica por causa da sobrecarga no trabalho. A corporação informou, na segunda-feira (12), que abriu inquérito para apurar as circunstâncias da morte da jovem.
A policial de 31 anos foi achada morta pelos pais na sexta (9). O caso foi registrado como suicídio e a PCMG abriu inquérito após o vazamento de áudios em que a vítima detalha situações, pelas quais passou, de violência psicológica e perseguição dentro da instituição.
O Sindicato dos Escrivães da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindep-MG) confirmou ao G1 que foi procurado por Rafaela na última semana, com denúncias dos crimes. Segundo familiares, ela teria pedido transferência em razão das condições no trabalho.
O Sindep informou ainda que recebeu outras denúncias e que programou visita técnica à regional, no entanto, não houve tempo hábil para intervenção antes da morte da jovem. A organização alega que entrou em contato com as autoridades para cobrar providências cabíveis, e pontuou que a morte da escrivã "não é um caso isolado" e que "há outros colegas adoecidos naquela unidade".
O pai de Rafaela, Aldair Divino Drummond, reparou mudanças no comportamento da filha, mas ele e a esposa acreditaram que se tratava da tensão causada pelos estudos para prova de um concurso para o cargo de delegada.
Fonte: BNews
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