Flamengo: Um ídolo chamado Carlinhos
Ídolo foi três vezes campeão como jogador e sete como treinador, uma delas com participação brevíssima, em 1983
Ídolo foi três vezes campeão como jogador e sete como treinador, uma delas com participação brevíssima, em 1983
Hoje, trazemos a história de um ídolo que, reconhecidamente era um apreciador de um bom chopp. Luís Carlos Nunes da Silva, o Carlinhos, gostava de um troféu. Foram dez oficiais como profissional do Flamengo, três na condição de jogador e os outros sete no comando - ainda conquistou quatro turnos: Taças Guanabara de 1988 e 1999 e as Taças Rio de 1991 e 2000. Como atleta, importante na conquista do primeiro e único Rio-São Paulo do clube. Protagonizou também os triunfos nos Cariocas de 1963 e 1965.
As diversas funções assumidas no controle das divisões da base o transformaram num useiro e vezeiro apostador em garotos do clube quando virou treinador. Em 1987, acreditou no jovem Leonardo para ser titular na campanha do tetra brasileiro. Quatro anos depois, fez de Júnior Baiano, Piá, Fabinho, Marquinhos, Marcelinho, Djalminha e Paulo Nunes peças cruciais para a conquista de mais um nacional e outro estadual. A fórmula foi repetida em 1999.
RIO SÃO-PAULO 1961
Em seu primeiro título como jogador, participou de todos os 12 jogos da campanha vitoriosa do Flamengo. A competição contou com goleada por 5 a 1 do Flamengo sobre o Santos de Pelé, mas é bom destacar que o Rei do Futebol não estava em campo. Carlinhos fez um gol no torneio, na vitória por 2 a 1 sobre o América. A conquista veio com vitória por 2 a 0 sobre o Corinthians na rodada final. Dida e Joel marcaram.
CARIOCA 1963
Já consolidado como o Violino da Gávea, Carlinhos jogou 19 dos 24 jogos do Flamengo na campanha do 14º Carioca do Flamengo. Marcou na penúltima rodada o primeiro na vitória por 2 a 1 sobre o Olaria, resutaldo que deu ao Rubro-Negro a vantagem do empate para a partida derradeira, contra o Fluminense. Resenha de "O Globo" do dia seguinte ao jogo na Bariri considerou o meio-campo como o "mais brilhante" dos 22 "players". Já em "O Globo" de 16 de dezembro (veja na imagem ao lado), posterior ao empate por 0 a 0 no Fla-Flu que garantiu o caneco, Carlinhos foi destacado na capa. No interior do jornal, deu seu recado. O jogo em questão registrou o maior público pagante entre clubes da história do futebol: 177 mil pessoas.
Carlinhos com a então promessa do futebol brasileiro e que também se tornou um ídolo do Flamengo, Zico.
- Seria demais que voltássemos novamente esse ano para um vestiário triste como foi o do jogo com o Botafogo. O vestiário é o mesmo, mas o ambiente é bem diverso. Estou feliz, pois esse é um título que não tenho. Apesar de muitas coisas que aconteceram durante o desenrolar do campeonato, após esse grande triunfo esquecemos tudo.
CARIOCA 1965
Carlinhos teve participação expressiva em seu último título oficial pelo clube. Não fez gols, mas perdeu apenas duas das 14 partidas na competição. O Flamengo foi campeão sem entrar em campo. Um dia antes do derradeiro duelo entre Flamengo e Botafogo, o Flu, derrotado pelos rubro-negros na penúltima rodada, venceu o Bangu e garantiu o caneco ao Fla, que perdeu por 1 a 0 para o Bota em seu último compromisso.
COMO TREINADOR: BRASILEIRO 1983
Embora os louros da terceira conquista do Flamengo no Campeonato Brasileiro sejam direcionados a Carlos Alberto Torres, o xará Carlinhos dirigiu interinamente o Rubro-Negro nos empates com Palmeiras (1 a 1) e Americano (2 a 2) e na vitória por 2 a 0 sobre o Goiás.
BRASILEIRO 1987
O ano de 1987 foi o ano da afirmação como técnico. Após Sebastião Lazaroni ser demitido, dirigiu o time seis vezes no Carioca, mas não foi efetivado - Antonio Lopes fora contratado. Cinco meses depois, após estrear com derrota no Brasileiro, Lopes caiu. Carlinhos assumiu na segunda rodada, venceu o Vasco por 2 a 1 e conduziu o Flamengo ao tetracampeonato. Renato Gaúcho, Bebeto e Zico foram os protagonistas de um elenco que contou com dez de seus jogadores que vestiram a camisa da seleção principal e cinco que fizeram parte do elenco do tetra mundial do Brasil, em 94.
CARIOCA 1991 E BRASILEIRO 1992
Sua segunda passagem pelo Flamengo como efetivado deu-se em 1991, substituindo o à época promissor Vanderlei Luxemburgo. Apostou na geração campeã da Copa São Paulo de Futebol Júnior de 90, mesclando-a com a liderança dos experientes Júnior e Gilmar. Descobriu nova posição para Charles Guerreiro, que chegara à Gávea como volante e virou lateral-direito por suas mãos. Foi campeão carioca em dezembro de 91 e conquistou o penta brasileiro em 1992, ano no qual Vasco, Botafogo e São Paulo eram considerados bem superiores ao Rubro-Negro.
CARIOCA 1999
Após passagem apagada pelo clube em 1994, voltou cinco anos depois para substituir o também ídolo Evaristo de Macedo. Embora tivesse em Romário sua principal estrela, foi fundamental para a consolidação dos pratas da casa Juan, Athirson e Reinaldo. Levou a Taça Guanabara e o Carioca em finais contra o Vasco, adversário com time tecnicamente superior e que o Flamengo não batia desde 1997.
MERCOSUL 1999
Outro coelho tirado da cartola por Carlinhos foi o meia-atacante Lê. Embora tenha se profissionalizado em 1997, o garoto ganhou espaço mesmo com o Violino. Já sem Romário, dispensado pelo então presidente Edmundo Santos Silva após a eliminação no Brasileiro, Carlinhos botou Lê na semifinal contra o Peñarol e na finalíssima diante do Palmeiras. Resultado: dois gols, um contra os uruguaios e o que garantiu mais uma faixa no peito do ídolo, o do empate por 3 a 3 com o Verdão.
CARIOCA 2000, O ÚLTIMO TÍTULO
O Flamengo resolveu trocar de comando na virada do ano, e Paulo César Carpegiani, campeão do mundo em 81, foi convocado. Durou até a goleada por 5 a 1 para o Vasco, em jogo que ficou conhecido como o Chocolate da Páscoa. Carlinhos, após cinco meses fora da Gávea, voltou e levou ao Rubro-Negro ao bi. E o melhor: devolveu o chocolate em duas parcelas, com vitórias por 3 a 0 e 2 a 1 na decisão do campeonato.
O técnico Carlinhos faleceu de insuficiência cardíaca no dia 22 de junho de 2015, aos 77 anos, após enfrentar problemas de saúde já há alguns anos. O velório aconteceu na Gávea.
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Roni Figueiredo - Coluna Social