Uma jovem de 21 anos foi assassinada pelo namorado após viajar do Pará para o Rio Grande do Sul para conhecê-lo pessoalmente, segundo a polícia.
O que aconteceu?
André Vilela, 37 conheceu Laila Vitória Rocha nas redes sociais. Ele usava o nome"Victor Samedi" nas plataformas;
A mulher viajou 3,5 mil km de Parauapebas até Porto Alegre no fim de janeiro para encontrá-lo pessoalmente;
Os dois estavam na casa de Victor quando vizinhos ouviram gritos e dois disparos de arma de fogo e acionaram a polícia no domingo (25);
A jovem foi encontrada morta com parte do corpo carbonizado na lareira da residência.
Laila estava com passagem de volta para casa comprada e já tinha relatado para amigos que sofria agressões no relacionamento.
O corpo dela foi encontrado com marcas que sinalizam luta corporal.
A defesa do suspeito diz que os fatos não aconteceram na maneira como a polícia divulgou e que buscará esclarecer o caso.
"Ele já havia verbalizado que ia matá-la, que não aguentava mais, que não estava satisfeito com o comportamento dela. Enfim, é uma situação clássica de feminicídio, em que um homem agressivo acaba discordando de algum tipo de comportamento da mulher e a mata", disse a Delegada Cristiane Ramos.
André, que era monitorado por tornozeleira eletrônica após responder por três homicídios tentados, rompeu o equipamento e fugiu para uma área de mata. Ele ainda era considerado foragido na manhã de hoje, segundo a polícia. André é popular nas redes sociais e tem mais de 30 mil seguidores somados no TikTok e no Instagram. O suspeito se classifica como "necromante" e diz que faz "qualquer tipo de trabalho", sendo chamado de mestre por alguns dos seguidores e cobrando até R$ 300 por supostas "consultas espirituais".
A polícia explicou que o homem criou a própria religião e descartou que a morte da jovem tenha qualquer relação com seitas. Em nota, a defesa de André afirmou que ele não praticou os atos "na forma que vem sendo estampado" e disse que a "verdade real dos fatos" será esclarecida.
"A defesa do assistido já manteve contato com a autoridade policial gaúcha para mediar a apresentação espontânea de seu cliente." (Jean Maicon Kruse, advogado de André Vilela).
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Roni Figueiredo - Coluna Social